Yuri Martins é adepto de vários esportes. O principal jogador de poker do esquadrão verde e amarelo sempre declarou amor ao surfe, mas também prática corridas de rua. Através de uma caixa de perguntas nas redes sociais ele traçou um paralelo interessante.
Questionado por um seguidor sobre o que a corrida lhe ensinou e que ele leva para o poker, o dono de 5 braceletes da WSOP ponderou sobre o assunto. “Eu não sei se me ensinou algo, mas eu sempre faço um paralelo da corrida com os torneios de poker, na questão emocional.”
Quem nunca ouviu uma celebre frase sobre torneios de poker: “não é uma corrida de 100 metros, mas uma maratona”. É nesta linha o brasileiro dono de quase US$ 8 milhões em ganhos no currículo seguiu com o pensamento.
O começo é sempre difícil

Sendo assim, para Yuri o início de longos torneios são momentos complicados. “Quando você entra em um torneio de poker, no primeiro dia, pensando que vão ter 4 dias pela frente, que você tem que derrotar 2.000 jogadores, parece uma missão meio impossível”, disse.
Ele ainda complementou afirmando que chega a dar tristeza e ansiedade, algo similar ao que o jogador sente ao iniciar uma corrida longa. “Os 5 primeiros minutos são horríveis, os mais difíceis, porque o meu corpo ainda não está 100% aquecido”, afirmou.
A fórmula para o sucesso

Contudo Yuri sabe muito bem o caminho para atingir a linha de chegada, ou ainda o pódio nos grandes torneios de poker. Segundo ele, a fórmula para esse sucesso é pensar no agora e criar diálogos internos para fortalecer a mente, se animando ao longo do caminho.
Entretanto, o jogador tupiniquim que se mudou recentemente para os Estados Unidos também falou sobre as diferentes sensações nestas jornadas. “Tem horas que você está muito empolgado, mas na reta final da corrida está morrendo, porém quase lá”, contou.
Para ele, o mesmo ocorre nas nos torneios de poker. No meio da disputa o jogador está cheio de fichas, mas do nada começa a dar tudo errado e fica short stack. “Parece que é muito difícil ganhar aquele torneio, mas as coisas dão certo de novo“, finalizou.
Ausência na Triton Poker Series

Todavia o jogador de poker não falou apenas sobre corridas e torneios de poker nesta interação nas redes sociais. Outro assunto abordado foi a ausência na etapa de Montenegro da Triton Poker Series.
“Ficar em casa jogando online vale mais financeiramente e emocionalmente”, disse Yuri Martins explicando que não compensa o valor esperado de ganho, em relação ao esforço e a variância que ele vai ter que encarar.
Segundo ele, as estruturas do torneio são ruins e os valores de entrada extremamente elevados. “Eu teria que vender ação, porque eu não tenho bankroll suficiente para jogar torneios de tão caros”, explicou.
Por fim, os custos extras da viagem até a região dos Balcãs acabaram pesando na decisão do brasileiro de não disputar essa etapa. “Eu teria que pegar um avião, pagar uma passagem bem cara, fora o custo de ficar longe da família, emocional né”, finalizou.
A etapa de Montenegro da Triton Poker Series vai até o próximo dia 27. As entradas mais baratas dos torneios custam US$ 25.000. A grade de disputas ainda conta com o Invitational, um confronto entre empresários e profissionais com buy-in de US$ 200.000.