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Chris Brewer analisa os torneios high stakes de poker: “a parte mais difícil…”

O jogador americano possui mais de US$ 27 milhões em premiações conquistadas na carreira

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© Chris Brewer (Foto: Eloy Cabacas/PokerStars)

Dono de dois braceletes da WSOP, ambos conquistados em 2023, o americano Chris Brewer é figura recorrente nos grandes torneios de poker mundo afora. Isso pelo menos até este sábado (24), quando publicou um texto no X (antigamente conhecido como Twitter).

“De volta aos Estados Unidos, finalmente, e pronto para a WSOP. Foi uma viagem estranha para mim”, escreveu o jogador que esteve nos últimos dias na Europa, disputando os torneios do EPT Monte Carlo e a Triton Montenegro.

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Sendo assim, foram três premiações nestas duas séries. A maior delas ocorreu em Monte Carlo, quando ele ficou em 2º lugar no Evento #10 € 30.000 Super High High Roller Warm-Up. O torneio teve 64 entradas e garantiu uma forra de € 508.465.

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A dificuldade High Stakes

Chris Brewer (Foto: Hayley Hochstetlet/WSOP)

Embora Brewer tenha tido um lucro líquido nos quase dois meses que esteve na Europa, o profissional afirmou que pretende dar um tempo nas viagens. Ele também abordou o que julga ser mais complicado na vida de um jogador high stakes.

“Acho que a parte mais difícil de jogar MTT de apostas altas não é o poker, é simplesmente aparecer todos os dias para dar o melhor e, provavelmente perder grandes quantias de dinheiro publicamente, escreveu o americano no X.

Os torneios da Triton, por exemplo, são todos High Stakes. A série se notabiliza neste cenário justamente por conta dos altos valores. Para se ter uma ideia, o buy-in mais barato da etapa de Montenegro foi de US$ 25.000 e o mais caro de US$ 200 mil.

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Ademais faz muito sentido o que expressou Chris Brewer. Já que cada torneio fora da zona de premiação representa derrotas significativas, mesmo ele tendo alcançado boa premiação durante o EPT Monte Carlo.

Elogios aos companheiros

Chris Brewer (Foto: Eloy Cabacas/PokerStars)

Aos 32 anos, Brewer sempre foi uma pessoa extremamente competitiva. Quando estudava na Universidade de Oregon, foi um corredor de longas distâncias, tendo inclusive participado das seletivas olímpicas dos Estados Unidos em 2012.

Dessa forma, o passado nos esportes convencionais tornou o jogador de poker uma pessoa que realmente se importa com os resultados. Até mesmo por isso ele observa o cenário High Stakes do poker e elogiou a presença constante de outros atletas da mente.

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“Sempre fico muito, muito impressionado com os caras que conseguem entrar em todos os MTTs sem pestanejar e aparentemente despreocupados. Eles não recebem o crédito suficiente por quão difícil isso realmente é”, disse citando Daniel Dvoress e Adrian Mateos.

O perigo do esgotamento profissional

Chris Brewer (Foto: Regina Cortina/WSOP)

Ainda na mesma publicação no X, um seguidor de Chris Brewer o questionou se ele já havia sofrido com “Burn Out”. Esse termo é aplicado quando ocorre uma síndrome do esgotamento profissional. Sendo assim, o indivíduo não tem animo para seguir trabalhando

“O tempo todo. Mas eu também adoro jogar poker mais do que qualquer outra pessoa. Sou realmente obcecado pelo jogo, então a vontade volta rápido”, escreveu Chris Brewer ao responder o seguidor.

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Por fim, vale lembrar que a sigla MTT que o jogador se refere é definida como “Multi-Table Tournament”, ou seja, os torneios de poker com várias mesas. As competições que estamos acostumados a divulgar.

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