Existem vários aspectos para considerar os melhores jogadores de poker de todos os tempos. Talvez o mais prático, seja listar os atletas da mente pelas premiações recebidas por ele ao longo da carreira. Se for esse o caminho a ser seguido, a lista é encabeçada pelo americano Bryn Kenney, dono de incríveis US$ 75.778.350, segundo o “The Hendon Mob”. No entanto, seria essa a maneira mais justa de selecionar os melhores?
É bem provável que não. Isso porque no passado não existiam torneios com entradas tão elevadas e premiações tão gigantescas. As séries High Stakes que hoje são inundadas por craques e empresários não existiam antigamente, mas o glamour das grandes competições de poker sim, onde foram construídas verdadeiras lendas deste jogo. Dessa forma, é claro que o jogo vive uma constante evolução, mas nomes do passado não podem ser esquecidos.
Escolher os melhores em qualquer segmento é sempre uma tarefa complicada é bastante pessoal. A decisão acaba sendo feita carregada de sentimento e bagagens individuais do autor, mas o SuperPoker tentou ser imparcial ao eleger aqueles que considera extremamente importantes para a história do jogo. Tanto isso é verdade, que os cinco nomes abaixo são membros renomados do Hall da fama do poker.
Phil Ivey (Estados Unidos)
Nascido na Califórnia, mas criado em Nova Jersey, Phil Ivey é uma lenda do poker. O talento dele pode ser visto tanto no jogo presencial quanto no online, além disso, possui habilidade em diversas modalidades, tornando-se um jogador completo. Ele já ganhou 10 braceletes da WSOP e possui como características principais um estilo intuitivo e agressivo, com blefes controlados. Fora das mesas é bastante reservado, evitando os holofotes.
Daniel Negreanu (Canadá)
Um dos jogadores mais carismáticos que o poker já produziu. Nascido em Toronto, se mudou para os Estados Unidos aos 21 anos, quando não encontrou mais adversários à altura na cidade natal. Possui no currículo 6 braceletes da WSOP e uma leitura das cartas adversárias invejável. Além disso, desenvolveu uma técnica aclamada por muitos, chamada de “small bal”. Ela consiste em controlar o pote ao máximo possível, angariando poucas fichas e se mantendo vivo nos torneios.
Doyle Brunson (Estados Unidos)
O “Padrinho do poker” possui uma história que é confundida com a do próprio poker. Quem não se lembra da figura de um senhor com um grande chapéu de cowboy na cabeça jogando cartas, com pacotes de dinheiro junto as fichas. Nascido no Texas, ele jogou basquete na adolescência, mas logo se machucou e se dedicou ao baralho. Ganhou dez braceletes da WSOP e escreveu o livro “Super System”, uma obra revolucionária sobre o jogo na época. Doyle Brunson faleceu aos 89 anos, em 2023.
Phil Hellmuth (Estados Unidos)
Outro fenômeno do poker, Phil Hellmuth é simplesmente o maior vencedor de braceletes da WSOP, com incríveis 17 joias. Em 1989, aos 24 anos, venceu Johnny Chan no Main Event e se tornou até aquele momento o jogador mais jovem a fazer isso. O feito lhe rendeu o apelido de “Poker Brat”, algo que pode ser traduzido como o “Pirralho do poker”. Dono de um temperamento explosivo e apaixonado pelos holofotes da mídia, o jogador é amado por muitos, mas odiado por outros. No entanto, ignorado ele não pode ser.
Stu Ungar (Estados Unidos)
Um verdadeiro gênio do baralho, dotado de um dom especial. Esse foi Stu Ungar, tricampeão do Main Event da WSOP e que começou a carreira em outros jogos, como “craps” e “gin rummy”. Nestes jogos, ele já era considerado o melhor que já existiu, mas logo migrou para o poker. A transição foi feita muito por conta da pressão dos investidores que pagavam para que ele jogasse os torneios, já que o lucro era certo. No entanto, Stu Ungar era viciado em apostas de corridas de cavalo e drogas, morreu supostamente após uma overdose.
