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Aloisio Dourado vence Evento 23 e garante o 39º bracelete do Brasil na WSOP

O jogador de Brasília subiu ao topo do pódio na segunda mesa final live de um tupiniquim nesta temporada em Las Vegas

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© Aloisio Dourado (Foto: Rachel Kay Winter/PokerNews)

Não demorou nem duas semanas e o Brasil já pode comemorar um bracelete na WSOP 2025. O autor deste feito foi Aloisio Dourado, craque dos Mixed Games, que venceu o Evento #23 US$ 1.500 Badugi. Além da 39ª joia tupiniquim, ele angariou um prêmio de US$ 138.114.

A conquista veio diante de um field de 534 entradas, um recorde em torneios desta modalidade na série. O brasileiro foi dominante em toda a mesa final, entrando como chip leader e permanecendo assim boa parte do tempo.

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No entanto, esse triunfo teve um gostinho especial. Em 2023, ele chegou ao heads-up do Evento #27 US$ 1.500 8-Game. Porém, naquela oportunidade, ele tinha pela frente uma verdadeira lenda, o americano Shaun Deeb, por isso ficou em 2º lugar.

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Festa brasileira em Las Vegas

Aloisio Dourado (Foto: Rachel Kay Winter/PokerNews)

Essa foi a segunda mesa final live de brasileiro na WSOP 2025. Antes de Aloisio, Rafael Mota foi eliminado em 7º no Evento #17. Nestas duas vezes uma bandeira estilizada do Brasil foi aberta no rail. O empresário Leo Rizzo foi quem levou o adereço para Las Vegas.

“Ajuda bastante. Acho que deve ter mexido um pouco com a cabeça dos meus adversários, sem desrespeito, acho que ter um rail brasileiro grande ali os deixou um pouco abalados”, disse o campeão em entrevista para o “PokerNews”.

Sendo assim, Aloisio comemorou muito o título com os torcedores. Entre eles, Anthony Barranqueiros, também adepto da modalidade e que ficou o tempo inteiro acompanhando a mesa final. O jogador de Jundiaí anotou outro ITM na WSOP, terminando o torneio em 26º.

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Contudo, a jornada do campeão nesta temporada em Las Vegas aparentemente chegou ao fim. Ele jogou a mesa final com as malas prontas, já que o voo de volta para o Brasil estava marcado para a madrugada deste domingo (08).

Confira a premiação da mesa final:

  • 1º Aloísio Dourado (Brasil) – US$ 138.114
  • 2º Dominick Sarle (Estados Unidos) – US$ 92.058
  • 3º James Newberry (Estados Unidos) – US$ 61.061
  • 4º Jonathan Glendinning (Estados Unidos) – US$ 41.462
  • 5º David Margolis (Estados Unidos) – US$ 28.838
  • 6º Anthony Arvidson (Estados Unidos) – US$ 20.558
  • 7º Matthew Schreiber (Estados Unidos) – US$ 15.030

Como foi a mesa final?

Aloisio Dourado (Foto: Eloy Cabacas/PokerNews)

Aloisio teve uma mesa final controlada. Ele assistiu as primeiras eliminações e foi o responsável por mandar Jonathan Glendinning embora. Ao formar o 3-handed, o brasileiro tinha a maior pilha de fichas e assumiu a agressividade.

Ademais, ele passou a explorar os adversários, aumentando a vantagem sobre eles. Não demorou muito e o tupiniquim despachou James Newberry em 3º lugar. Ao formar o heads-up contra Dominick Sarle, o campeão tinha uma vantagem de 3 para 1 nas fichas.

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Entretanto, o adversário não era qualquer um. O jogador americano já tinha um bracelete no currículo, conquistado em 2022 no Evento #17 US$ 2.500 Mixed Triple Draw. Mesmo assim, ele não foi páreo para obstinado brasileiro e teve que amargar um segundo lugar.

Por fim, vale destacar que Aloisio Dourado não é um jogador profissional. Embora tenha quase US$ 400 mil em ganhos, a principal fonte de renda dele não é o baralho. Mesmo assim, ele é referência nos Mixed Games e agora faz parte de um seleto grupo: os detentores de um bracelete da WSOP.

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