O seleto grupo de jogadores que possuem dois braceletes da WSOP ganhou um novo membro. Tyler Brown, jogador americano de 25 anos, faturou a segunda joia da carreira dele. O título veio no Evento #28 US$ US$ 500 PLO/NLH e foi acompanhado de US$ 178.126.
No entanto, a trajetória do campeão não foi repleta de glórias. Quando restavam 30 jogadores, ele sofreu uma penalização imposta pela organização. Por pouco, o craque do baralho não foi excluído da competição.
Contudo, durante a mesa final ele foi soberano. Quando restavam 9 jogadores ele tinha um quarto das fichas em jogo, o que se transformou em metade quando restavam seis jogadores. O torneio reuniu 2.775 entradas que geraram uma premiação total de US$ 1.398.600.
O heads-up foi contra o norueguês Bjorn Gravlien, que precisou se contentar com US$ 118.618. Porém, a torcida tupiniquim tinha um representante para torcer na decisão. Caio de Lucca esteve lá e se despediu em sétimo, recebendo US$ 26.679.
Bandeira verde e amarela na mesa final

Nascido no Brasil, mas residindo nos Estados Unidos, Caio de Lucca chegou na segunda mesa final da carreira dele em um torneio da WSOP. A primeira foi em 2023, quando ele terminou em 8º no Evento #18 US$ 300 Gladiators of Poker e recebeu US$ 58.470.
Sendo assim, o retorno para uma decisão na Copa do Mundo de poker ocorreu neste verão em Las Vegas. O craque do esquadrão verde e amarelo se despediu do torneio em uma guerra de blinds contra o campeão Tyler Brown.
Nas blinds 30.000/60.000 com big blind ante, o americano mandou all-in do small blind e foi pago pelo brasileiro que tinha 5.800.000 fichas. No showdown ele estava ligeiramente na frente com A6, enquanto Brown tinha Q9. Uma Q no flop selou o destino de Caio.
A punição de Tyler Brown

O futuro campeão estava entre os líderes quando restavam 30 jogadores e quase foi excluído do torneio. De acordo com reportagem do “PokerNews”, ele se irritou com a organização ao solicitarem um color up nas fichas, ou seja, a troca delas por outras de maior valor.
O jogador alegou que a equipe solicitou todas as fichas dele que não fossem de 100 mil. Ele ofereceu 2 milhões, mas precisavam de 3 milhões e duas pilhas de verdes. A discussão teria incluído um xingamento proferido por Tyler Brown para os organizadores.
Dessa forma, ele foi punido por uma órbita, perdendo ações na mesa e as apostas obrigatórias. O jogador ainda comentou que foi ameaçado de ser desqualificado do torneio. Segundo a regra 106 da WSOP, a direção da série pode promover color up em qualquer momento.
Confira a premiação da mesa final:
- 1º Tyler Brown (Estados Unidos) – US$ 178.126
- 2º Bjorn Gravlien (Noruega) – US$ 118.618
- 3º Easton Oreman (Estados Unidos) – US$ 86.268
- 4º Noah Bronstein (Estados Unidos) – US$ 63.367
- 5º Bryan Andrews (Estados Unidos) – US$ 47.013
- 6º Jacob Mendelsohn (Estados Unidos) – US$ 35.235
- 7º Caio de Lucca (Brasil) – US$ 26.679
- 8º Oliver Tot (Eslováquia) – US$ 20.411
- 9º Jiaze Li (China) – US$ 15.779
Quem é Tyler Brown?

Segundo o “The Hendon Mob”, Tyler Brown possui US$ 3.335.292 em ganhos na carreira. O primeiro bracelete conquistado por ele foi em 2023, quando ele recebeu US$ 1 milhão ao ser campeão do Evento #3 US$ 1.000 Mystery Millions.
Entretanto, no ano passado, ele bateu na trave de levar mais uma joia. Ficou com o vice-campeonato no Evento #24 US$ 10.000 PLO Hi-Lo 8 or Better. Na época, ele perdeu o heads-up para Sean Troha e ficou com uma recompensa de US$ 357.807.
Por fim, nas entrevistas após a recente conquista ele se definiu como um jogador que prefere a modalidade PLO. Segundo o jogador, esse tipo de disputa é menos monótono e gera muito mais possibilidades de jogo.