O Main Event da WSOP chegou ao fim na última sexta-feira (19), com a vitória de Jonathan Tamayo. Nos dias que se seguiram, a comunidade do poker nas redes sociais viveu uma grande polêmica, originada pelo uso de um notebook pela torcida de Tamayo, que tinha nomes como Dominik Nitsche e Joe McKeehen. A dupla estava consultando um solver de poker e, em momentos oportunos, passava informações para o jogador norte-americano.

Vale ressaltar que essa prática não é incomum no torneio, já tendo acontecido no passado, e que nenhum tipo de ajuda foi dada a Tamayo durante a disputa de uma mão. Ainda assim, muitas críticas surgiram. Nitsche rapidamente respondeu de forma irônica quando viu os primeiros comentários negativos. “A melhor parte de ter comprado um pedaço [da ação de Tamayo] no Main é, definitivamente, o dinheiro. Mas a segunda melhor parte é o quão bravo os maiores idiotas do Twitter ficam quando veem alguém usando um laptop na torcida.”

Veja um exemplo em vídeo (imagens: PokerNews)

Alan Keating foi um nome que desaprovou a atitude. “Eu não posso comentar sobre o que estava no laptop, mas vou dizer que estava com uma dúzia de amigos na noite passada, assistindo à mesa final, e nenhum deles achou que o que estava ali era de bom gosto ou no espírito do jogo”, escreveu. “Estou feliz que vocês ganharam dinheiro, mas a experiência que tivemos assistindo reforçou a ideia de que torneios de poker não são para nós”.

Em nenhum momento, Nitsche tentou esconder o uso do laptop ou disfarçar que estava passando informações para Tamayo. Assim, a organização estava ciente da atitude e não tomou nenhuma medida para impedir, o que deixa claro que, pelo menos até aquele momento, a WSOP não viu problema com a ajuda dada pela torcida. No entanto, após a repercussão das cenas deste ano, é de se imaginar que uma regra clara sobre esse uso seja incluída para as próximas decisões.

“Eu não acho que é o bom para o jogo se os jogadores vão para a torcida e olham para tabelas ou simulações ou recebem dicas baseado nisso”, opinou Fedor Holz. “Eu acredito que isso não deveria ser parte do jogo. Espero que as regras sejam mudadas para o ano que vem”. Daniel Negreanu também parece não ter gostado das atitudes registradas na mesa final, fazendo referência, inclusive, a um aviso feito pela organização durante a série.

“Eu acreditava que isso já era contra as regras neste ano”, escreveu o canadense. “Você não pode usar de referência solvers ou tabelas durante o jogo, só nos intervalos ou fora da área de torneios. Eu lembro desse anúncio sendo feito várias vezes, então não sei como isso não quebra a regra. De qualquer maneira, se não foi claro neste ano, é algo que precisa ser proibido daqui para frente. Baseado no meu entendimento da regra, olhar para solvers ou tabelas entre mãos não é permitido. Alguém fazendo simulações durante o jogo e te falando entre as mãos também não deveria ser permitido. Ninguém na mesa disse algo até onde eu sei, mas se tivessem pedido uma decisão do floor, não sei como poderia ser permitido”.

Dezenas de nomes opinaram. Entre os argumentos a favor está o fato de que esse tipo de ajuda estava acessível a todos os jogadores da decisão e que nenhuma regra foi quebrada. Por outro lado, há quem argumente pelo lado de que poker é um jogo individual e que esse tipo de atitude passa até uma imagem ruim sobre o esporte da mente. E você, com quem concorda? Vote na enquete abaixo!

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