José Roberto Arenstein já havia feito história no BSOP ao se tornar o primeiro Campeão Brasileiro de Mixed Games, em 2018. Agora, o engenheiro mecânico de São Paulo (SP) voltou a conquistar um feito impressionante ao se tornar Campeão Brasileiro de Omaha da temporada 2020/21/22, sendo o primeiro a conquistar os dois rankings e levando R$ 40 mil em prêmios.

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“É uma experiência diferente, porque no primeiro ranking eu nem me predispus a concorrer, basicamente joguei alguns torneios e quando vi estava lá entre os primeiros e acabei ganhando”, disse o recreativo em entrevista ao SuperPoker no BSOP Millions. “Neste aqui já foi um ranking mais preparado, tive que fazer um certo planejamento, tinha bastante profissionais competindo, jogadores muito habilidosos. Para mim, esse ranking foi mais difícil, mais competitivo.”

Mesmo não vivendo do poker, Arenstein se dedicou em participar do máximo de torneios e buscar a consistência necessária nesse tipo de disputa. “Constância realmente é a palavra, porque em um ranking nesse formato que o BSOP faz, o principal é o engajamento de participar de todas as etapas, todos os torneios”, explicou. “Depois ainda vem uma parte de sorte, porque a pontuação varia muito entre os primeiros colocados, e tem a parte de habilidade, mas para esse tipo de ranking acho que é o que menos importa no final das contas.”

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A ponta do ranking foi conquistada com estilo. Em uma disputa bastante apertada, Arenstein disparou ao vencer o PLO 5 Cartas High Roller PKO. O recreativo deu dicas para a modalidade. “No Omaha 5 Cartas principalmente você tem que saber jogar mãos que têm múltiplas possibilidades, que mesmo você acertando, você ainda consiga melhorar a mão”, contou. “Acontece muito disso, você acerta o nuts, mas outras pessoas também conseguem acertar, então você precisa ter uma chance de melhora. Aí sim tentar colocar o máximo número de fichas possíveis nessas mãos.”

Na segunda colocação do ranking, ficou Murilo Milhomem, que liderou a disputa durante boa parte da temporada. José Heraldo “Rádio” terminou em terceiro, apenas 8 pontos atrás de Milhomem. Arenstein elogiou os competidores do ranking. “O Murilo é um jogador excelente, top do Brasil com certeza, o Rádio também”, exaltou. “Você pegava os 10 primeiros, tinha o [Thiago] Grigoletti, [Ricardo] Nakamura, o Pablito [Menezes], são todos jogadores muito bons, então eu estava preocupado com todos.”

Também sobraram elogios para a organização da maior série de poker da América Latina, que vem a cada ano dando mais atenção para modalidades menos populares. “A organização do BSOP é simplesmente impecável, a grade eu achei muito boa mesmo, tanto para Mixed, Omaha, High Roller, torneios mais baratos…”, avaliou Arenstein. “Dificilmente eu conseguiria dar uma sugestão para melhorar, estava muito bom mesmo. Pelo que eu vi as próximas etapas também serão legais, tem essa de Bahamas.”

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Apesar de agora ser o único campeão dos rankings de Omaha e Mixed Games, Arenstein não pensa em buscar o título do ranking geral, o único que falta. “O [ranking] geral nem pensar (risos)”, comentou. “Mesmo esse ranking de Omaha, com menos torneios, tem um desgaste físico, emocional e mesmo financeiro muito grande. Provavelmente, ano que vem vou voltar a jogos os torneios em que eu me divirto, os Mixed Games, Heads-Up eventualmente se tiver.”

Como na primeira conquista, em 2018, Arenstein dedicou a vitória a todos que fazem o BSOP acontecer, além de uma dedicação especial à sua filha e à namorada. “Vou dedicar de novo para minha filha, à Camila, que foi muito parceira, todos os meus amigos, competidores, ao staff e vocês da mídia”.

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