Após a disputa do World Championship Of Online Poker (WCOOP), Renan Bruschi postou nas redes sociais que o final de ano seria de pouco grind. Entretanto, poucos dias depois de disputar a série do PokerStars, o profissional gaúcho é um dos craques presentes na etapa conjunta do BSOP e LAPT Rio de Janeiro.
“Confesso que eu não sabia a data exata do BSOP Rio. Eu já tinha planejado ficar off, ia apenas para o BSOP Millions, mas aqui foi de última hora mesmo. O Rafael [Moraes] me mandou mensagem, aceitei o convite e vim jogar. Trouxe a Tanara, ela ainda não conhece o Rio de Janeiro, é a primeira vez”, comentou a mudança nos planos.
Pelo segundo ano consecutivo, o profissional do BitB entrou no WCOOP com um objetivo: disputar o título de Jogador da Série. “Eu sempre gostei muito dos Mixed Games, mas nunca estudei a fundo a parte matemática”, começou a explicar. “Agora, com assessoria dos meus coaches e amigos, quis ficar mais competitivo neles e ver até onde eu podia ir com essa evolução técnica. Além disso tem o desafio pessoal pelo ranking em uma série mundial”.
A performance do craque foi avassaladora, conquistando três títulos e se tornando o segundo brasileiro com mais triunfos, totalizando sete conquistas na carreira. O desempenho rendeu o terceiro lugar no ranking geral. “Eu fui muito bem nos Mixeds, fiz muita mesa final e gerei um conteúdo para estudo, para enviar para meus coaches, pois sei que tem muita coisa para evoluir”.
O jogador também apontou um dos motivos para algumas falhas. “Muito dos erros é por conta do multi table. É uma missão bem difícil conciliar o grind de NL Hold’em com seis ou sete telas do Mixed. É preciso estar atento as cartas comunitárias descartadas, mas às vezes você perde o showdown inicial e joga sem informação. É desafiador, mas eu não sei se vou continuar fazendo isso novamente, pois perdemos EV nos torneios caros de Hold’em”.
Apesar de ter sido um dos melhores jogadores na classificação, Renan revelou que o saldo monetário não foi positivo. “Essa série eu fiquei negativo. Ganhei nos Mixeds, mas negativo nos torneios de Hold’em caro. Então, a série não foi lucrativa financeiramente, mas o desejo de evoluir nos Mixeds está sendo conquistado aos poucos”.
O único brasileiro à frente de Renan Bruschi no número de títulos é Yuri Martins, acumulando nove conquistas. Questionado se é um objetivo se tornar o maior vencedor, o gaúcho esbanjou sinceridade. “A motivação não vem pelos títulos, antes eu jogava só quando estava 100%, grindava a metade dos dias das séries. Não tenho a ambição de passar ninguém, eu só quero fazer o meu. São apenas dois anos jogando as séries mesmo e são seis títulos, talvez, se tivesse estudado mais os Mixeds teria mais”.
O profissional falou da principal dificuldade em disputar os rankings da série. “Não me senti cansado, jogaria mais duas semanas se tivesse, mas é bem desgastante mentalmente. Teve dias ali que foi tenso, ter que ficar cuidando do max late do torneio de US$ 11, mas jogando o US$ 5.000 Progressive KO de Hold’em, o US$ 2.000 8-Game não é fácil. Quem faz isso abdica de muito EV, se você pegar o top 10, normalmente, a metade perde dinheiro na série”, o “internett93o continuou. “A premiação, sem criticar o PokerStars, pois eu amo o site, a estrutura dos torneios, só o primeiro ganha um prêmio e são pequenos. Acredito que a sala deveria reconhecer mais essa parte de quem corre por esse leaderboards, porque não é uma missão fácil”.
A etapa que encerra a temporada 2024 é o BSOP Millions. O profissional encerrou falando sobre as expectativas com o maior evento de poker da história do país. “No BitB Global tem dois jogadores estrangeiros confirmados, do Brasil acredito que uns 15 vão. Vai ser muito legal, a gente que joga high stakes online, quer uma grade diferenciada. Ainda não vi, mas parece que o rake será reduzido, o que tem que ser. Então, vai ser bem atrativo sim. Vou jogar todos os torneios até R$ 100 mil e o R$ 250 mil, dependendo do field”.
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