Nessa quinta-feira (23), o FBI (Polícia Federal Americana) deflagrou uma operação contra práticas ilegais em apostas esportivas e poker. Mais de 30 pessoas foram presas, inclusive figuras do basquete norte-americano, como o técnico Chauncey Billups e o armador Terry Rozier. Um deles fazia parte do esquema dos jogos ilegais de poker.
Chauncey Billups, treinador afastado do Portland Trail Blazers, era um dos envolvidos nos jogos de poker ilegais. Além de não terem licença para funcionarem, as mesas tinham trapaças dignas de cinema. Os jogos eram financiados pela famosíssima máfia italiana nos EUA, a La Cosa Nostra.
Nesses encontros, os organizadores convidavam amadores com o atrativo de jogar poker com personalidades famosas do basquete. E através das trapaças – que os convidados não sabiam que os dealers e outros jogadores anônimos estavam envolvidos – os donos conseguiam extorquir grandes quantias. Ao todo, o FBI estima que a gangue tirou US$ 7 milhões das vítimas.
Os métodos de trapaça
Esses jogos, que Chauncey Billups participava e ajudava a organizar, ocorriam em espaços luxuosos. Eles possuíam inclusive embaralhadores automáticos de cartas. E essas ferramentas eram essenciais na trapaça, organizando as cartas de maneira pré-definida. Sendo assim, os trapaceiros sabiam quais cartas estavam sendo entregues e descobriam as mãos.
A informação da ordem das cartas chegava em um criminoso que ficava fora da mesa. Pelo celular, ele repassava as informações a um parceiro que estava no jogo, e através de sinais, o jogador trapaceiro conseguia avisar os outros envolvidos.
E além disso, os donos das mesas tinham outros métodos de burlar o jogo. Entre eles, bandejas de fichas que liam as cartas secretamente, e alguns itens de dar inveja a roteiristas de cinema. Alguns usavam óculos com lentes especiais capazes de ler cartas pré-marcadas. Ademais, algumas mesas também possuíam mecanismos equivalentes a raio-x, possibilitando a leitura de cartas viradas para baixo.
De acordo com o FBI, que forneceu todas essas informações em entrevista coletiva do chefe Kash Patel, os mafiosos lavavam todo o dinheiro extorquido das vítimas desse esquema. Majoritariamente, eles usavam empresas de fachada e criptomoedas para esconder a origem dos fundos.









