A decisão do Main Event do BSOP Gramado guarda grandes histórias. Silvio Feiber começou a mesa final como short stack, pensou que tinha sido eliminado nas primeiras mãos, até cumprimentou um dos adversários. Mas com uma sequência puxou a mão e iniciou uma impressionante arrancada até o título.
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Se todos esses elementos não fossem suficiente, o recreativo conquistou um pacote para o torneio em um satélite no PokerStars por apenas US$ 16,50. Por ter superado um field com 776 inscritos, o campeão levou a bagatela de R$ 350.000. “É muito bom, é muito gratificante”, falou sobre o sentimento da conquista.
Confira a mão que garantiu o título de Silvio Feiber:
No momento da conquista, o jogador não segurou a emoção ao falar dos amigos que perdeu em decorrência do COVID-19, “Perdi grandes amigos esses anos. O [Wilson] Darella era um grande jogador, todos gostavam, tenho certeza que eles estavam comigo. Perdi meu sócio e amigo por Covid também, certeza que eles ajudaram”.
Foi a segunda mesa final de Silvio no Main Event do maior circuito de poker da América Latina. “No BSOP São Paulo eu era o terceiro em fichas e o short cravou o torneio. Como era o menor desta vez, foi um incentivo grande. Sou short, mas vamos jogar, na primeira, fui preocupado com o payjump, mas dessa vez não, fui pra me divertir”, relacionou as duas decisões.
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O campeão ainda quebra uma incrível hegemonia gaúcha. O jogador de Florianópolis é o primeiro campeão de uma etapa no Rio Grande do Sul que não é natural do estado. “Que bom eu consegui isso, foi muito bom, só tenho a agradecer”.
Começando a mesa final como short stack, o profissional não teve vida fácil para alcançar o título. Logo na primeira mão, encontrou uma dobra, mas ainda possuía uma grande desvantagem para os demais adversários. Antes do primeiro break do dia, venceu mais um all in e call para entrar na briga. “Eu tinha noção que estava enfrentando muita gente boa. Apesar de eu estudar bastante, sou recreativo e tinha a ideia que haviam pessoas muito melhor que eu, mas poker é isso, por isso apaixonamos, nem sempre o melhor ganha”.
Apesar do bom começo, a decisão foi muito complicada. Quando restavam quatro jogadores, Jefferson Brayner possuía cerca de 70% das fichas em jogo. Paciente, o recreativo foi aguardando os melhores spots, eliminou Vinícius Alves na quarta colocação, mas continuava com a menor pilha.
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Chegando ao heads-up com a metade das fichas de Bernardo Rocha, o recreativo abriu grande vantagem ao acertar dois pares no turn e ir de check/raise all in. O adversário pagou com o top pair e o catarinense abriu grande vantagem. “Eu sabia que ele tinha acertado. Estava com pouca ficha, dei call para acertar e deu certo. Não pensei duas vezes na hora de shovar”.
O gaúcho ainda dobrou em duas oportunidades, mas não foi o suficiente para reverter o cenário adverso. “Eu não tinha porque deixa-lo crescer, sei que ele é um jogador muito bom, é um profissional vencedor há muito tempo”, elogiou o adversário do duelo final.
Sobre o BSOP Millions, o jogador não titubeou. “Certeza, estarei lá, passagem foi comprada ontem já”. E encerrou oferecendo a vitória. “Vai pra toda minha família, para o Álvaro, meu sócio, que faleceu de COVID, e pro Darellinha”.
Confira a classificação da mesa final:
1º – Silvio Feiber – R$ 350.000
2º – Bernardo Rocha – R$ 213.000
3º – Jefferson Brayner – R$ 151.000
4º – Vinícius Alves – R$ 114.060
5º – Francisco Neto – R$ 90.370
6º – Murilo Fidélis – R$ 68.300
7º – Pablo Wesley – R$ 49.080
8º – Alex Sako – R$ 33.520ta
9º – Walter Ripper – R$ 26.480
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