Guilherme Schreiber sofreu duas bad beats na decisão do Main Event do BSOP Foz do Iguaçu, tendo AA e KK quebrado. Porém o revés do baralho não impediu o grinder de alcançar a principal glória da carreira no circuito live, em uma mesa final para ninguém colocar defeitos.
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Após quatro dias de intensa disputa, o profissional de Curitiba desbancou um field com 797 inscritos e faturou o título do torneio. Com o resultado, o jogador embolsou a bagatela de R$ 301.300, após um acordo no heads-up, seu maior resultado no circuito live. “É um sentimento diferente, muito mais especial. Os momentos do online são especiais, tive títulos marcantes, mas igual a isso que vive hoje, não teve igual. Foi tudo mais visceral, muito bom, muito bom mesmo”, festejou o campeão.
Assista à mão que garantiu o título de Guilherme Schreiber:
O campeão falou da mística que envolve o poker ao vivo. “Você tem muito mais informação, muito mais detalhe, momento e percepção. Não vou dizer que é outro jogo, mas as informações mudam muito, é muito mais especial, intenso. Estou muito feliz”.
Experiente no poker online, com duas mesas finais de Sunday Million e com um heads-up do World Championship Of Online Poker (WCOOP), o jogador não sentiu a pressão da reta decisiva. Começando a mesa final como chip leader, o jogador impôs o seu jogo e dominou os adversários.
Mesmo tomando duas bad beats, que poderiam tirar qualquer jogador do sério em uma grande decisão, o jogador seguiu no foco: conquistar o título do torneio. Durante a decisão foram quatro eliminações, chegando ao heads-up com quase o dobro de fichas de Celso Sirtoli. “Continuar chip leader torna mais fácil do que se eu tivesse ficado short, mas ao mesmo tempo a experiência. Eu jogo no online, fields menores, acabo fazendo muita mesa final. Então, já vi tanta coisa, já passei por tantos cenários que eu fico tranquilo quando estou liderando ou quando as coisas ruins acontecem. Essa vai na conta da experiência e da minha terapeuta”.
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Questionado se passou pela cabeça que o título viria antes da mesa final afunilar, o jogador esbanjou sinceridade. “Não vou falar que esse sentimento de ‘é hoje’, não passa. Principalmente quando você puxa um pote grande ou quando percebe a vantagem, mas mesmo que o sentimento de ‘estou curto, sou o próximo a cair’, ele tem que ser passageiro, é inevitável, mas precisa abstrair e focar na próxima mão. Ele surgiu, mas eu tentei não me apegar”.
Apesar da grande performance, Guilherme sofreu uma grande fatiada no stack logo na primeira mão do heads-up. Ao se envolver em all in e call com AQ, encontrou o adversário com KK e viu o oponente assumir a dianteira do torneio. “Essa situação já foi mais difícil. Essa deu uma abalada, levei algumas mãos para entrar no jogo.”.
Experiente, o jogador não se abateu com o começou ruim e foi retomando a vantagem em fichas. A mão que o deixou com ampla vantagem foi em um grande hero call, onde o jogador acertou na leitura e pagou tendo o menor par. “Falando em termos técnico, era um call bem claro. Não era um call fácil, mas era call, emocionalmente falando estava difícil. É muito engraçado, pois ficou um desafio de saber que tem que fazer e realmente executar”, comentou sobre a jogada.
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A partir do hero call, o jogador ganhou confiança e foi empilhando potes em sequência. Foi necessária cerca de uma hora de duelo para o jogador conquistar a vitória. Na mão que definiu o título, os finalistas se envolveram em all in e call com o chip leader tendo acertado dois pares, segurando K3, contra um par do adversário, que possuía J3, no board K34. Turn e river não mudaram a situação, confirmando a cravada.
“Quero dedicar essa vitória para minha família, meus amigos, para todos que torceram para mim. Todo mundo que estava torcendo faz parte disso em alguma escala, queria agradecer, recebi muita mensagem e muito apoio, fiquei muito feliz com esse carinho, Foi especial!”, encerrou o campeão.
Confira a classificação da mesa final:
1º – Guilherme Schreiber – R$ 301.300*
2º – Celso Sirtoli – R$ 268.700*
3º – Gabriela Belisário – R$ 153.000
4º – Andres Read (Argentina) – R$ 115.000
5º – Diego Melo – R$ 90.000
6º – Juan Pablo Airaldi (Paraguai) – R$ 68.000
7º – Anderson Soares – R$ 48.300
8º – Gabriel Schroeder – R$ 33.500
9º – Eduardo Dantas – R$ 26.500
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