Mateus Moraes, o “Zinhão”, começou o Dia 2 do WPT World Championship com o maior stack entre os brasileiros classificados. Profissional de cash game e sócio-instrutor do Metagame, o jogador não poupou elogios ao evento realizado no Wynn Las Vegas. O brasileiro falou sobre o cuidado da organização com os detalhes para que tudo corra bem.

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Em entrevista ao SuperPoker em um dos intervalos do Dia 2, Zinhão também avaliou o field do torneio, falou sobre seu carinho por Las Vegas e comentou como adapta sua experiência no cash game para as mesas de torneio. Confira abaixo o papo na íntegra.

Tivemos ontem os números finais do torneio e não alcançaram o garantido, mas como você avalia o evento em termos da experiência?
O torneio é maravilhoso, e não digo isso porque trabalho com eles. O torneio realmente é muito bom, o Wynn aqui é um lugar muito bonito, muito organizado e negócio de primeira linha mesmo. É uma pena que não tenha batido garantido, mas também sobre isso eu acho que eles tiveram uma atitude muito legal, que foi de manter o garantido, não dar aquele ‘miguézinho’ ali dos 2%, 3%, eles mantiveram tudo. A entrevista do Adam Pliska, que é o CEO do World Poker Tour, foi muito massa, ele falando que faz parte. Enfim, tudo o que ele falou foi muito bom. E o evento é nota 10, o melhor que eu já fui disparado assim.

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Como você avalia o field para um buy-in de US$ 10 mil?
É um sonho, realmente muito bom o field. Tem alguns regs muito bons, é um field bem polarizado eu diria. Tem uns alguns regs muito bons e tem uma galera aqui dos Estados Unidos que, pô, a galera ganha bem, né? (risos). Então, US$ 10 mil para os caras não é tanto dinheiro, então tem realmente muito jogador recreativo bem fraco, tecnicamente.

Você é profissional de cash game, como se sente jogando os torneios? Disputa só os principais?
Eu jogo só os principais. Este evento, na verdade, eu vim mais por causa do WPT, de conversar com os diretores. Tinha um monte de reunião aqui e, obviamente, aproveitei para jogar. Inclusive, eu não sabia se eu iria jogar, porque tinha muita coisa para fazer, mas eles mesmo falaram ‘não, cara, você tem que jogar e tal’. Eu adoro jogar torneio ao vivo, online eu não tenho jogado tanto, mas eu gosto de jogar os ao vivo. Estive no BSOP Millions lá e é divertido. Eu converso bastante, tenho muito amigo dos MTTs, então eu converso bastante com a galera, tento trocar informação com eles, entender, estou sempre estudando também. É bem desafiador assim, porque sai ali da minha zona de conforto, então eu tenho que pensar cada spot. Mas como é live, como é um spot só, talvez jogando online mais telas eu me perca um pouco, mas jogando uma tela ali eu consigo pensar bastante nos ranges. Acho que isso me faz até crescer como jogador, pensar em tudo isso.

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Há muitos brasileiros que amam Las Vegas, outros que não se importam tanto. Onde você se coloca nessa régua?
Eu gosto muito da cidade, acho irada. O maior problema aqui é a legislação. De que o imposto vai na fonte já e você tem que pedir pra voltar os teus buy-ins. Então é ruim isso, né? Também tem a questão de sempre ter que ficar arrumando dinheiro em cash, porque não dá pra dar o buy-in de outras maneiras. Então, tem outras séries que são mais fáceis, mas Vegas é Vegas. Eu acho maravilhoso.

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