Fábio Freitas é um dos jogadores recreativos mais experientes e conhecidos do cenário brasileiro. Publicitário premiado, ele é presença constante nos principais circuitos do Brasil e do mundo, somando mais de US$ 500 mil em premiações ao vivo, segundo o HendonMob.
Nos feltros virtuais, os resultados ultrapassaram US$ 1,5 milhão, segundo o PocketFives, após a grande vitória de ontem. Freitas foi o campeão do Main Event Second Chance Medium do SCOOP (Spring Championship of Online Poker), faturando US$ 348 mil no PokerStars sob o nick “LFFF22”.
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Os fãs de poker puderam acompanhar as emoções da reta final do torneio ao vivo no SuperPoker na voz de Victor Marques. E agora, poderão também saber mais sobre o título na entrevista concedida por Freitas. Confira.

Sendo um jogador recreativo com grande experiência, o que esse resultado significa para você?
É o big hit, né? Meu maior prêmio da história, mais de três vezes maior que a minha maior premiação, um Main Event… É um Second Chance, mas é muito grande, Main Event de SCOOP num momento de Covid-19, todo mundo em casa, representa muita coisa. O principal é o título e o dinheiro, que é uma bela forra também.
O que pode falar sobre sua trajetória no torneio?
Correu tudo bem, eu jogo bastante satélite e acabei satelitando esse torneio. Dei um tiro, estava pronto para dar dois se precisasse, mas acabou encaixando bem. Foi um domingo pesado, estou jogando várias séries, muita reta, então o domingo foi bom. Como o field está bem mais soft, acho que não está precisando inventar muito, jogando o “feijão com arroz”.
Joguei bem sólido o Dia 1, passei bem pro Dia 2, mas teve um momento em que eu caí para 10 blinds, mas dei uma runnada em que fui all in pré-flop de AT de ouros, tomei call de AA e acabei quadrando o T. Fui me mantendo vivo para tentar passar para o Dia 3, mas no fim do Dia 2 eu tinha KK, o cara levela comigo em uma mão totalmente desnecessária e vamos all in pré-flop gigante, de 110 blinds. Ele tinha AT, o KK segurou e eu acabei ficando grande.
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Por que não conseguiram chegar a um acordo no heads-up?
Eu faria o acordo, ele que não quis fazer. A gente tentou um acordo quando estava 4-handed e não conseguimos porque ele queria mais. Quando ficou no 3-handed, eu fiquei muito grande uma hora, depois muito pequeno, então pela quantidade de fichas não rolou um acordo. No heads-up, ele queria mais para ele, independente das fichas. E no formato do acordo agora, ou você faz ‘even’ ou por ICM, não consegue negociar, como era antes, então isso travou um pouco a conversa do acordo. Eram US$ 100 mil de diferença, é dinheiro, então eu toparia fazer, mas ele não quis e acabamos indo para o jogo, deu no que deu.
Os brasileiros estão acumulando muitos resultados nesse mês. Como você avalia a participação brasileira no cenário do poker mundial?
O Brasil é uma potência do poker mundial, isso não dá para contestar, os números falam. Só olhar os números do SCOOP, das séries e não tem como contestar a força que o Brasil tem no cenário atual. Eu acho que vem por uma característica de trabalho, tem um trabalho muito grande por trás, dos times, que acabam colocando os jogadores num nível fora do normal.

Eles são muito bons, então é muito difícil enfrentar os jogadores profissionais bem treinados nos times, porque tem método, acompanhamento, isso valoriza demais. E tem o outro lado, que espalhou muita gente que tem conhecimento bom, então como você consegue buscar isso, tem muito conhecimento primoroso no Brasil. Você vê movimentos como 9tales, times do Brasil, o Naza vindo jogar no 4bet… Ele, para mim, é uma sumidade no poker, além de uma pessoal muito especial, achei lindo ele vindo para o 4bet, o Brasil está na ponta mesmo.
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Você prefere jogar online ou live? Por quê?
Eu prefiro jogar poker, não tenho preferência, gosto dos dois. Gosto bastante do online e bastante do ao vivo. Eu tenho uma boa experiência no ao vivo, então acho que vou bem, tenho uma boa leitura de mesa, e gosto bastante do online, jogar várias telas, cair de um torneio e entrar no outro. Não consigo dizer qual o prefiro, mas estou com mais saudades do ao vivo agora (risos), jogando online há algum tempo.
Acompanhamos a reta final ao vivo no SuperPoker, como é ter centenas de pessoas torcendo para você mesmo online?
Eu não sabia que estavam ao vivo, daí o Vitão me mandou um áudio dando os parabéns, falando que narrou a mão final. Acho muito legal, acompanho o trabalho do SuperPoker direto, conheço todo mundo, estou super envolvido com a comunidade do poker de uma forma geral. O trabalho do SuperPoker é incrível, parabéns para todos, eu gosto demais, acompanho, reposto, comento, então ser narrado aí pelo Vitão… Vou até pegar para assistir depois, quero ver, é bem emocionante.
Gostaria de dedicar o título para alguém?
Dedico para todas as pessoas do poker, meus amigos, sou super envolvido com a comunidade, gosto de todo mundo. Dedicação especial mesmo é para minha família, minhas filhas, minha esposa que aguenta os domingos de grind, viaja comigo para os torneios, e o pessoal do poker em geral, estou muito feliz.
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