Muitos jogadores de poker utilizam as redes sociais como uma excelente ferramenta para se comunicar com os fãs. Dono de 5 braceletes da WSOP, Yuri Martins é um dos que não dispensa essa socialização. Outro nome desta geração é Felipe Mojave, que criou até um canal exclusivo no Instagram para compartilhar praticamente tudo com os seguidores.
No entanto, um jogador brasileiro muito premiado prefere ser mais discreto. O mineiro João Simão, craque que disputa os principais High Rollers do mundo, não aparece com frequência nas redes sociais. Ele também não costuma ser habitual nas entrevistas.
Contudo, neste domingo (15), ele quebrou o silêncio com uma série de postagens. Entre os assuntos abordados, falou sobre o cansaço após uma longa maratona de torneios que começou com o EPT Monte Carlo, seguiu na Triton Montenegro e chegou na WSOP.
Consistência é o lema do jogador

As publicações começaram com João Simão afirmando que não iria jogar naquela data. Esse seria o 3º dia de folga, não seguido, desde que começou a maratona de torneios. “Foram 30 dias na Europa, jogando os torneios mais caros e difíceis do mundo”, escreveu.
Sendo assim, ao postar uma foto ao lado de Vladimir Korzinin, ele revelou que teve dois voos cancelados e 50 horas após isso já estava na WSOP. “Foram 9 retas de High Roller pagando entre US$ 1 milhão e US$ 4,5 milhões em um intervalo exato de 30 dias”, contou o jogador que ainda brincou dizendo: “Haja coração, Galvão!”
Entretanto, Simão também passou um importante aprendizado. “Meu lema sempre foi consistência. A sorte faz parte da vida de jogador. Todos estão sujeitos a variações no resultado pelo fator sorte, mas tem um jeito de não depender dela para ser vencedor, deixando a sorte apenas ditar o quanto você vai ganhar: consistência”.
Ademais, o brasileiro também deixou claro que é importante estar sempre focado. “Não admita jogar desfocado. Isso não é trabalhar, isso é se divertir. Uma vantagem que sempre tive é que nunca gostei de jogar poker”, escreveu Simão afirmando que isso lhe ajudou a ter um profissionalismo diferenciado.
Cuidado com os julgamentos

Ainda na sequência de postagens, o brasileiro fez um alerta. Segundo ele, não devemos julgar algumas jogadas ruins dos profissionais. Isso porque a performance deles durante a WSOP acaba sofrendo com uma série de inimigos como o fuso horário, hotéis sem janelas, filas, bebidas e “dealers” ruins. “Isso deixa a maioria de mal com a vida”, disse.
Sendo assim, ele seguiu a explicação afirmando que nos primeiros dias de WSOP todos se cumprimentam no salão, mas ao passar dos dias vão se transformando em um “zumbi mal-humorado”. Com isso, o resultado é que a performance acaba indo embora.
“Volume, trabalhe duro, se isole nos breaks se for para manter o foco, mas se perceber que virou mais um do time dos zumbis mal-humorados, já sabe né? Day off neles!”, aconselhou o brasileiro que teve participação importante no título do amigo Philip Sternheimer.
Por fim, João Simão escreveu que vai voltar a sumir das redes sociais. Ele afirmou que só deve voltar naquele espaço quando tiver boas notícias. A torcida brasileira apaixonada por poker espera que ele retorne em breve, compartilhando tudo sobre um novo bracelete na carreira, o de número três na história do craque tupiniquim.